Todas as personagens ou acontecimentos aqui retratados são produto de criação intelectual. Qualquer semelhança com a realidade é uma merda de uma coincidência.
Acho que estas duas fotos do afterhours do Oural são elucidativas do que se passou com o pessoal que não tinha tenda para onde ir descansar (não será antes ressacar?)
Caso haja curiosidade em saber quem são, em não me importo de os identificar na zona dos comentários.
O pessoal é quem vem aqui para me aturar ou quem abre a página por engano, não é para mim nem para o meu computador que deu o estouro e está para ir para arranjar vai para um mês e mesmo assim ainda está ali a um canto.
De qualquer forma, pode ser que entretanto aconteça alguma coisa interessante de que se possa falar sem ter que recorrer às habituais graçolas que englobam Seguranças a ir contra pedras.
Ontem fui almoçar a um restaurante. Posso afirmar com orgulho que nesse domingo não almocei com a boca a saber a papel de música. Mas também isso se calhar foi por eu ter lavado os dentes antes de ir almoçar.
Por mais incrível que pareça o que mais me espantou nesse almoço não foi o facto de a vitela ter acabado e ter que comer bacalhau, foi o que se estava a passar na mesa ao lado.
Uma mulher e duas crianças. Eram espanhóis. Presumi que os dois miúdos fossem filhos dela.
Só me apercebi da nacionalidade deles quando ouvi a mãe a fazer o pedido: vitela. Acabaram com a vitela! Só por isso deixei de gostar de espanhóis.
Enquanto esperava pelo meu bacalhau, lá chegou a vitela para os nuestros hermanos. Mal a travessa foi pousada na mesa, vi a mãe a desviar o prato e a chegar a travessa para a beira dela.
Pensei eu: «Bonito gesto! A mãe vai servir primeiro os filhos para eles poderem ficar com a melhor parte da vitela que era suposto eu estar a comer. Estes espanhóis são mesmo sensatos!»
Estava enganado. A mulherzita pôs a travessa no lugar do prato (?!) e começou a comer.
«Tudo bem, se calhar lá até se come da travessa, mas aquilo parece-me uma travessa para mais do que uma pessoa. Pronto, talvez tenha mandado vir outra coisa para os filhos...»
Desta vez não estava assim tão enganado. Passados dois minutos chega uma nova travessa, desta feita de arroz. Ela tirou metade para cada um dos putos.
Eu voltei a pensar: «Queres ver que vai os vai pôr a comer só arroz?»
Felizmente não! Pediu ao empregado para trazer ketchup, para eles misturarem no arroz.
«Ah! Assim está bem, agora é a parte em que ela deita um bife e batatas fritas a cada um."
Infelizmente isso não aconteceu. Cheguei a ver que a tal espanhola não conseguiu acabar com a carne e quando o miúdo mais velho perguntou ao mais novo se queria carne a mãe recusou, levantou-se e foi buscar uma maçã (sim, foi buscar, não a pediu!) que prontamente descascou e, finalmente, repartiu com as crianças.
Eu sei que não tem piada, mas tive dó pelos rapazes. Será que suportavam aquilo todos os dias? E depois ainda querem que o pessoal deixe de ser xenófobo com os espanhóis... Eles são demasiado esquisitos.
Esta semana deixo um link onde vão poder ouvir a Dona Anabela de Malhadas, senhora dotada de grande inteligência, a falar com um locutor de rádio. A situação ocorre num concurso de rádio em que as pessoas têm de ligar para tentar acertar num certo peso de um saco.
São ambos portugueses, não há cá conversas abrasileiradas! Só não consegui saber qual a rádio onde este insólito momento se passou, mas bem que podia ser a Rádio Voz de Basto, dado o número de "Donas Anabelas de Malhadas" que ligam para lá na hora dos "Discos Perdidos".
Para ouvirem e, quem sabe, se partirem a rir, basta clicar aqui!
P.S.: Consegui encontrar um vídeo no youtube com a mesma conversa e com legendas, para os mais preguiçosos. De qualquer forma, o vídeo contém a conversa toda, enquanto que o link de cima "corta" a parte final.
Quer aches que o que aqui vai sendo escrito é pura estupidez, quer aches que é uma estupidez mas que não é pura, comenta e deixa a tua opinião.
É que se me fiar só na minha avó para fazer comentários estou bem lixado, que ela ainda só escreve com uma mão e escreve tão devagar que quando vai a meio do texto já se esqueceu qual o post que estava a comentar.
