Os elevadores

Um destes dias fiquei preso no elevador, ao ir para casa. Vinha de um joguito de basket e trazia duas bolas na mão. Por azar, deixei-as cair e em meros segundos estas enfiaram-se no espaço entre a porta do andar e o chão do elevador. O elevador parou e eu fiquei com as bolas entaladas. Literalmente!

Durante os 15 minutos em que lá estive preso, por não querer tocar no botão de alarme, para não ter que ficar com a culpa de ter partido o vidro da porta do 2º andar, estive a pensar. Não, não estive a pensar como me havia de safar dali, porque só com as chaves de casa no bolso e sem telemóvel não haveria de ser difícil encontrar uma solução rápida.

O que me prendeu o pensamento foram sanitas. Não me interpretem mal! Não que eu estivesse com vontade de despejar o que quer que fosse naquela altura. É que sempre tive dúvidas sobre quem limparia as sanitas dos eventos que juntam muitas pessoas a beber muita cerveja. É que na passada quarta-feira, quando entrei no WC deparei-me com isto:


Quem é o gajo que tem como emprego limpar aquilo?
Pagam-lhe por cada sanita limpa ou pagam-lhe ao litro?
E se ele vomitar o chão enquanto anda nas limpezas, descontam-lhe no salário?

Bem, quanto a vocês não sei. Mas eu fiquei sensibilizado com o que vi e decidi nunca mais urinar em sanitas e começar a aliviar-me no caixote do lixo. Sim, porque limpar caixotes do lixo cheios de "cerveja usada" qualquer um faz, digo eu...

P.S.: Quanto ao elevador, depois de parar de pensar nos pobres coitados dos limpadores de sanitas, cheguei à conclusão que a melhor opção era usar as chaves de casa para furar as bolas. Infelizmente, fiquei sem as minhas bolas mas, pelo menos, consegui chegar a casa a tempo de jantar.

P.S.2: Adicionei um som ao post. Ficou bem engraçado!